A lista dos filmes de grande destaque de 2008 já foi divulgada no dia 09 de dezembro pela Associação de críticos de Cinema de Los Angeles. E o filme da Disney/Pixar ,levou o melhor filme do ano, superando o blockbuster “Batman – o cavaleiro das trevas” ,no qual Heath Ledger levou como “melhor ator coadjuvante”, pelo excelente papel do vilão Coringa.
Não é a primeira vez que a Disney/Pixar leva um prêmio desta importância para a casa, já que Ratatouille levou ouro no ano passado. Tudo isso devido a extrema competência da Pixar em animações CG (Computação gráfica), e ótimo roteiro, passando muito longe de um simples filme infantil.
Marcado por cenas que comovem, é uma obra prima aos olhos, devido a perfeição dos personagens em cena, seja uma característica, uma ação, ou até mesmo a personalidade fíel que cada um possui.
Wall-E é uma lição, um aviso, um conforto, uma esperança brotando desde cedo á quem assiste atento a cada cena.
O filme é marcado pela trajetória do robô “Wall E” , movido á energia solar, e tem como função; compreensar o lixo deixado por nós. Mas Wall e é solitário e único no Planeta Terra, até que se torna amigo de uma “barata” (bem que a ciência alertou que as benditas baratas se adaptam a qualquer ambiente)
Até então ele se diverte com as lembranças deixadas pelos humanos, assim como a música; “Out there” do musical “Alô Dolly”(1969) em um dueto com Louis Armstrong, e começa a despertar uma certa emoção ao tentar compreender o que se passa nas cenas de dança e romance. O divertido que ele grava e sai ao trabalho (no qual foi programado) ouvindo a música que tanto encanta.
Derrepente aquele lugar vazio é surpreendido por uma gigante nave, no qual é deixado um robô para procurar alguma forma vida no Planeta. Wall-E fica apreensivo, já que é extremamente tímido, mas é descoberto. Ele tenta estabelecer algum contato com o robô, que se apresenta como Eva* (ou seja uma robô), que insiste em procurar por vida, até que Wall-E fica encantado, mas com medo da agressividade (programada) da Eva. Neste intermédio ela acaba explicando seu destino, e menciona a palavra “Diretriz”.
Quando Eva descobre que Wall-E preciosamente guardava o que ela queria (uma planta “viva”), ela guardou a planta dentro de si mesma, e “hibernou” até que uma sonda viesse recolher ela para extrair o material orgânico. Durante este processo Wall-E se desespera, coloca a Robô para “carregar á luz solar” (já que ele pensa em todas as possibilidades para despertá-la) ela permanece somente com um formato de uma insígnia verde acesa (com o desenho de uma folha).
Em um momento não esperado, Eva é recolhida pela nave, mas Wall-E segue junto a nave (movido pelo amor e o desespero ). Wall-E se diverte no espaço, fica maravilhado com a dimensão do Universo. Atráves de um dos robôs de manutenção da nave, ele aproveita o atalho para entrar na nave.
Wall-E sai a procura de Eva até que percebe que a nave abriga a população restante do Humanos em um grande “cruzeiro espacial”. É notável a alienação dos Humanos pela mídia, sempre ocupados com os “videofones” e com as facilidades de vida, permanecem o dia inteiro sobre uma poltrona flutuante, e devido á este novo estilo de vida (que já dura cerca de 700 anos), o organismo dos seres humanos sofreram mudanças, os ossos enfraqueceram, e todos se tornaram obesos.
Interessante, pois Wall-E atrai a atenção de dois Humanos, sendo assim e eles dão conta do lugar onde estão, perceberam que bem ali no meio havia uma piscina antes nunca notada (a influência da mídia ocultando os fatos).
A partir daí a confusão é esperada, Wall-E ganha ajuda de robôs com “sérios problemas de funcionamento”, e a grande supresa fica por conta de Eva que reconhece o amor pelo seu robô admirador.
O capitão fica admirado com a descoberta de Eva, e pretende voltar á Terra,pois se há evidência de vida, então não tem o porque continuar no universo. Mas há uma contradição por parte do robô Auto “piloto- automático” da nave (no qual para mim é uma grande referência á HALL9000*), é dado a largada á uma guerra entre o ” robô mór” e os humanos (até então despertados da Matrix).
Auto tenta deter a planta, pois a Nave foi programada para permanecer no espaço enquanto não haver possibilidade de vida na Terra, mas quando as sondas voltarem com alguma espécie de vida da Terra,a grande nave retornaria para habitar em seu Planeta Natal. Mas há a conspiração envolvendo o Auto (momento em que o piloto refletiu sobre as fotos com toda a geração, no qual em todas elas sempre estava o robô auto por trás). Pesquisando sobre a cultura e comida do Planeta Terra, o piloto decide definitivamente voltar.
Neste trajeto, Wall-E fica danificado e decide retornar a Terra, mas neste momento Eva dá conta do quanto ama Wall-E ( e tudo veio quando Eva assistiu as cenas dos cuidados que Wall-E teve com ela nos momentos de “hibernação”).
Tudo se resolve e a tripulação consegue retornar á sua verdadeira casa, e peço para que assistam o filme COMPLETO”, pois nas exibições finais, há imagens da reconstrução do Planeta, o cuidado com o cultivo, imagens que retratam o que os nossos antepassados fizeram.
A sensibilidade do Robô é o que mais impressiona, e a Eva (o lado razão do casal) é o complemento da emoção de Wall-E. O filme proporciona momentos de tensão, curiosidade, emoção, e motiva a refletir sobre o nosso futuro, e tudo isso não precisou nem de muitos dialógos para traduzir a trama. A Terra é uma preciosidade, mas o que me garante que Marte também não tinha as mesmas condições que a Terra há bilhões e bilhões de anos ? Por um certo momento no final do filme, meditei sobre a possibilidade de algo parecido em nosso Planeta (sendo assim, iria explicar a inteligência dos Egípcios e outros povos no passado).
Repare nas cenas finais, o filme sugere um recomeço, mas passando pelo mesmo histórico (e eles já eram dotados de inteligência), achei curioso eles ressaltando a cultura, a arquitetura (maia ou talvez egípcia).
O filme é um alerta para não deixarmos levar pela vida fácil, sem se preoculpar com as consequências que as nossas atitudes possam trazer.
É nótavel a influência que a mídia exerce em nossas vida (como o tema explorado por Matrix,99),a ponto de ocultar a realidade com a facilidade oferecida pela pelas máquinas e softwares.
Curiosidades…
-*Uma coisa que me chamou muito atenção ,são as referências ao filme “2001 uma odisséia no espaço” do grande e ilustre
diretor “Stanley Kubrick”, no filme citado, há um robô que se chama “Auto”e ele é responsável pelo comando geral do “cruzeiro espacial”, tanto na personalidade (educado, de fala mansa, etc) quanto á aparência física (o círculo com a luz vermelha no centro, o olho que tudo vê) e até a musica tema do filme de Kubrick entra em cena em Wall-E.
-Wall-E foi criado inicialmente como um personagem somente (não havendo
nenhuma associação com qualquer roteiro naquele momento), no mesmo almoço que surgiram personagens e histórias como; “Vida de Inseto”, “Monstro SA” e “Procurando Nemo”.
-Andrew Stanton (um dos fundadores da Pixar)e sua turma estavam em comemoração, já que seu primeiro longa de Animação CG “Toy Story” havia sido um sucesso.
– Wall-E é a sigla de Waste Allocation Load Lifter – Earth-Class
-Jonathan Ive, o designer-chefe da Apple participou da produção do filme, já que o designe de Eva foi inspirado do iMac G4 “Abajur”.
– Wall-E lembra muito outro robô, o robô “Johnny 5 ” do filme; “Um Robô em Curto Circuito“ de 1986 (tento uma sequência em 1988).
– O orçamento de Wall-E foi de US$ 120 milhões.
Escrito por Fábio Santos (não copiem o texto sem antes informar ao autor)
Fontes:
Filme Wall-E, Disney/Pixar 2008
www.disney.com.br/cinema/walle/
pt.wikipedia.org/wiki/Wall-E
www.google.com (fonte de qualquer um)
www.imdb.com/title/tt0910970/
www.cinepop.com.br/filmes/walle.htm